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Foto do escritorStanley B.

Sou velho demais para alcançar a fluência?

Atualizado: 28 de jun. de 2019

What's up guys! It's been a long time! Irei trazer nessa segunda-feira um pouco das minhas caminhadas pela educação linguística. Enquanto eu estava divagando em um dos maiores sítios “web” de “brainstorm” do mundo, o famoso Medium, encontrei um artigo do CEO da Chatterbug Scott Chacon sobre uma publicação feita por pesquisadores da MIT(Massachusetts Institute of Technology).


Ao ler cada trecho desse artigo fui totalmente fisgado pelo pensamento paralelo que temos sobre uma das afirmações que mais escutamos no decorrer do ensino linguístico: estou muito velho para aprender uma nova língua. A maioria dos interessados no aprendizado do inglês acabam se colocando nesse quadro aonde a “idade é documento”. Mais uma vez irei expor minha contra-afirmação: não é, mas nesse momento não trarei apenas a minha confirmação disso, mas também um pouco das interpolações que este artigo traz perante esse tema.

 

Começamos pela péssima interpretação de jornalistas sobre um artigo publicado na revista Cognition intitulada“A Critical Period for Second Language Acquisition” (Um período Crítico para a aquisição da segunda língua) que resumidamente aborda uma visão, através de quiz gerador de dados, onde a qualidade de aprendizado de uma segunda língua ocorre com maior qualidade antes dos 18. Essa é uma afirmação bem antiga entre o meio da educação linguística. Só que o mais interessante sobre os dados coletados nessa pesquisa mostra que adultos de qualquer idade pode obter uma masterização incrível do idioma tão rapidamente quando uma criança.


Aproveito o erro de interpretação dos jornalistas sobre o que é abordado nesse artigo para informá-los: se você vê alguma pesquisa informando que para obter uma fluência você começar o seus estudos enquanto ainda é uma criança ou menos que 18, serei bem direto isso é uma clara mentira, falta de visão de ensino ou experiência na área. O que esse artigo traz é muito mais interessante e encorajador.


Irei transpor os dados apresentados pelos pesquisadores e expostos por Scott Chacon, que com certeza irão motivar sua busca pela fluência, ou deveria.


Muitos estudantes tardios tornam-se como nativos

Olhando os dados apresentados a seguir, se você comparar a pontuação média no quiz dos alunos que começaram em diferentes idades, estatisticamente há uma clara vantagem de ter começado os estudos mais cedo.

Gráfico de precisão em função de anos de experiência, (A) para aprendizes de imersão e (B) para não imersivos. Laranja para <11. Verde para 10< e <21. Azul para >20. Imagem pertencente ao artigo orginal.

Mesmo assim, se verificarmos têm muitos aprendizes acima de 20 anos que ultrapassaram os nativos na língua (idades de 1 há 4 anos). Primeiro, precisamos especificar qual é o desempenho “parecido com o nativo” deste quiz. Analisando os resultados do questionário do grupo de usuários que são marcados como falantes nativos de inglês, temos uma série de pontuações de 100% (que 12% dos falantes nativos pontuaram) até 90% para os 5% inferiores dos falantes nativos. Para mim, isso indica que marcar algo acima de 90% no teste significa que você está se apresentando pelo menos da mesma maneira que muitos falantes nativos. Assim se você olhar bem o gráfico (A) de aprendizes imersos na língua e até mesmo alguns dentro dos não imersos, o gráfico (B), podemos encontrar vários estudantes na casa dos 90%.


Se você achava impossível alcançar ou chegar próximo da fala de uma nativo, esse quiz mostra estatisticamente que não é, óbvio que seria complicado superar um nativo começando os estudos acima dos 20 anos, mas esse gráfico ilustra que você pode alcançar um nível na faixa nos nativos, o que na minha percepção já é inteiramente gratificante.


Agora vamos observar a média desse grupo de aprendizagem tardia, mas precisamente quem começou os estudos após os 20 anos.


O primeiro quartil de resultados de alunos que começaram depois dos 20 anos de idade, por número de anos de exposição, mostrou que em cerca de 8–10 anos de exposição, muitos aprendizes que começaram bem na vida adulta se saíram tão bem quanto muitos falantes nativos. Todos os resultados acima da linha 0,9 estão no intervalo de resultados nativos. Imagem do artigo original.

De acordo com gráfico acima, a premissa é inegavelmente verdadeira, os alunos pós-20 anos, estão acima do 0,9, alcançando assim o patamar de um nativo após 8 – 10 anos de estudo. Vamos comparar com a mediana dos grupos que começaram o aprendizado antes dos 5, 10 e 20 anos.


Gráfico com a comparação dos anos com mais de 20 anos (azul), menos de 5 anos (vermelho), antes dos 10 anos (amarelo) e antes dos 20 anos (verde).

Dada a mesma quantidade de tempo, o primeiro trimestre de alunos do grupo de mais de 20 anos se saiu tão bem quanto a média daqueles que começaram antes dos 10, até mesmo o tempo de estudo levado para alcançar o patamar de um nativo.


(Após cerca de 20 anos de exposição no aprendizado, a linha do grupo de mais de 20 fica bastante instável, já que temos menos e menos dados para trabalhar - começando aos 20 e tendo 20 anos de exposição faz com que o grupo mais jovem tenha pelo menos 40 anos).


Comparando o Similar

O título desse tópico é bem idiomático, “Comparing apples to apples” irei trazer essa abordagem no nosso quadro Dialogando do Intense Tips.


Mas por que faríamos isso essa comparação? Não devemos comparar as medianas de todos os grupos, como o primeiro gráfico? Não devemos comparar o que é similar — não é justo comparar a mediana de um grupo com o melhor do outro, certo?


Bem, o problema é que não há como comparar similar com similar neste conjunto de dados, e os autores apontam isso.


Isso ocorre porque a “queda” na vantagem de aprendizado acontece aos 17 ou 18 anos de idade, de acordo com este artigo, mas por que isso ocorre? O que acontece aos 18 anos? É que há alguma mudança cerebral incrível e mágica que acontece? Ou é que as vidas das pessoas mudam fundamentalmente em média, você vai para a faculdade, entra em trabalho, sai da casa dos pais, etc?

“Por exemplo, ainda é possível que o período crítico seja um epifenômeno da cultura: a idade que identificamos (17–18 anos) coincide com uma série de mudanças sociais, qualquer uma das quais poderia diminuir a capacidade, a oportunidade ou a disposição de aprender uma nova linguagem. Em muitas culturas, essa idade marca a transição para a força de trabalho ou para a educação profissional, o que pode diminuir as oportunidades de aprender. ”- de A Critical Period.

Essa é uma relação criada a partir da análise óbvia: se você começar a “estudar” um idioma com a idade de 5 anos, você estará imergido dentro de um ambiente totalmente pleno daquela língua, porque você não pode ler um livro e absorver o idioma em uma hora por dia. Já após aos 20 anos, esse ambiente muda para um estudo dividido em tempos durante o dia ou durante a semana, sem a disponibilização de várias e várias horas para a imersão na língua.


Com isso concluímos uma coisa, essa pesquisa não nos dar o que mais importa: qual o tempo imerso na língua esses alunos têm? Com certeza o tempo por dia imergido na língua de um aluno que começou com 5 anos é maior que aquele que iniciou aos 20.


Se você está em uma escola de língua inglesa por 5 horas por dia enquanto criança e seus pais estão estudando a mesma língua por uma hora por dia enquanto você está lá, a criança aprende 5 vezes mais rápido que os pais, é justo então conclui que as crianças aprendem melhor que os adultos?” - Scott Chacon.

Chegamos a um ponto crucial, não é mais a capacidade de aprendizado, mas sim o tempo dedicado ao aprendizado, o tempo que disponibilizamos para ficarmos imerso no idioma que faz alcançar o objetivo final: a fluência. Sendo assim analisando o quartil após os 20 anos nos gráficos que abordamos acima, podemos visionar que os alunos nessa faixa de idade, tiverem a dificuldade de oportunidade para imersão na língua, mas mesmo assim alcançaram o patamar de nativos, ou seja, um grupo desses aprendizes tardios se sai muito bem no objetivo de estudo.


Acabamos nos aprofundando nas estatísticas apresentadas por esse quiz, mas qual era o nível dele? Qual era a sua abordagem de coleta de dados?

Realmente difícil

O Scott deixa bem claro que é um teste realmente complexo, trazendo como embasamento que mesmo os aprendizes que começaram os estudos enquanto crianças precisam de um estudo de 7 a 8 anos da língua para poder encontrar-se na casa dos 90% de pontuação.


4. Todo Andarilho subiu uma colina. Qual imagem é a mais correta para essa frase? Uma das perguntas presente no quiz.

Não é um quiz que retrata o nível de fluência, mas sim um quiz plenamente gramatical, passar nesse teste não te confirma uma fluência plena, no máximo uma básica fluência gramatical. Se você pensa que o artigo desse quiz, define o motivo de você ainda não ser fluente, após o uso de um aplicativo de jogos que promete o aprendizado, está errado. Nem as crianças aprendem um idioma com maestria utilizando esse método.









“Estudos que comparam crianças e adultos expostos a material comparável em laboratório ou durante os meses iniciais de um programa de imersão mostram que adultos têm melhor desempenho, não pior, do que crianças (Huang, 2015; Krashen, Long, & Scarcella, 1979; Snow & Hoefnagel-Höhle, 1978), talvez porque implantem estratégias conscientes e transfiram o que sabem sobre sua primeira língua. ” - de A Critical Period.
Os adultos são realmente melhores em muitos aspectos ao aprender uma língua até um ponto de fluência geral, mas chegar aonde você pode responder a mais sutil das questões gramaticais com a precisão de um falante nativo leva uma década, não importa quantos anos você tem quando você começar os estudos. - Scott Chancon.
Venho do português, isso dificulta o meu aprendizado?

Mesmo antes de ler esse artigo eu já tinha minha resposta, mas o artigo também traz dados que confirmam minha resposta.

A: Atual país de residência dos participantes (excluindo participantes com múltiplas residências) figura mostra a porcentagem de participantes dentro do globo mundial. B: Histograma dos participantes pela idade que tiveram sua primeira exposição com o inglês. C: Língua nativa dos bilíngues, excluindo o inglês. D: Histograma dos participantes por idade atual.

O estudo de uma língua por um ano pode torná-lo fluente.

Concluindo esse estudo, após a análise de diversos dados, o que quero expor para os senhores é que não importa a idade, nós adultos somos tão bons ou até melhor do que uma criança em sua plena juventude, alcançando até mesmo o patamar de um nativo, não seremos iguais aos nativos, óbvio, mas também creio que não queremos nos tornar um espião. Olhe a análise dos primeiros anos de exposição a língua do grupo de 20+

Recorte do nosso gráfico anterior com enfoque nos primeiros anos de exposição.

alcançaram a faixa dos 80–85% pontos nesse difícil teste de gramática, isso no seu primeiro ano de estudo. Mesmo sendo um quiz falho, pois, não nativos acabam alcançando patamar dos nativos, o que mostra que as estatísticas não conseguem definir qual é nativo ou não nativo. Essa pesquisa demostra que a premissa é inegavelmente verdadeira, somos plenamente capazes de alcançar a fluência em um curto período de tempo, o que importa é o nível e a qualidade de exposição a língua.

“O que é notável sobre a linguagem é que somos (quase) todos extremamente bons nisso, incluindo os adultos.” — de A Critical Period.

Vejo essa fluência sendo alcançada durante toda a minha trajetória de ensino, e são esses alcances que possibilitaram a criação de cada metodologia abordada no Curso Inglês Intense Study. Não perca mais tempo e não menospreza sua capacidade de aprendizado venha alcançar altos níveis de maestria do inglês, “Never Give Up”, nunca desista.





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